Já faz um bom tempo que este blog faz mensalmente indicações
de FII’s, apresentando uma carteira com objetivo de auferir rendimentos
superiores ao IFIX. Esse objetivo foi alcançado com grande sucesso, poucas
foram às vezes que o blog teve um desempenho igual ou inferior ao IFIX. Porém,
para se obter tal desempenho, abre-se mão de se indicar pensando no
longo prazo, preocupando-se somente com os próximos 30 dias. Não se muda o
perfil do dia para noite, mas esperamos ter um compromisso menor com o
desempenho de curto prazo e indicar mais aquilo que acreditamos.
Para o mês de dezembro incluímos mais dois fundos e retiramos
SDIL11, que nos próximos meses sofrerá oscilações nos proventos, afetado pelo fim de descontos, multas e despesas. É um bom fundo, mas a economia não está ajudando.
Hoje, é uma opção para quem quer comprar vacância.
BBBFI11B: estamos voltando a indicar esse fundo, que foi
penalizado pelas notícias de contenções de despesas nos bancos públicos. É um fundo de risco mais elevado, mas não há perspectiva de aumento de vacância. O mais interessante é a possibilidade de mudança no regulamento, o que
permitiria dar uma destinação as áreas atualmente desocupadas. Mas há a
infernal burocracia da CEF, que exige voto via carta, com firma reconhecida e
tudo mais. Mas mesmo que tudo dê errado, o que paga de DY já compensa.
CPTS11B: esse fundo fez uma grande subscrição, o que foi bom
para reduzir o risco de sua carteira, que contém alguns CRI’s de empresas
problemáticas. Contudo, não houve tempo para investir adequadamente o capital adicional,
o que resultou numa queda significativa no valor dos proventos, de R$ 1,25 para
R$ 0,81 em novembro. É algo que se resolve com o tempo: o valor a ser pago em dezembro já
se elevou para R$ 0,90. Infelizmente, não se pode esperar muita lógica,
racionalidade e coerência do mercado no curto prazo e o fundo sofreu uma queda, em
novembro, de -7,65% (não considerando os proventos). A tendência é que o valor
dos proventos se normalize, talvez num patamar talvez abaixo do que registrava anteriormente, com o valor
da cota também se ajustando à taxa de juros mais baixa. E com a melhoria do perfil da carteira de
CRI’s, a tendência é de redução do prêmio exigido do fundo, o
que se daria com uma elevação no valor das cotas.
BMLC11B: mantivemos. Esse fundo apresenta oscilações nas
distribuições mensais. A queda ocorrida no mês de novembro repete o movimento
ocorrido em 2015. Há uma elevação da vacância, mas é algo pouco significativo.
FIIB11: registrou uma boa alta em novembro, mas o valor dos
proventos também subiu. Bom fundo.
XPCM11: houve aumento nos proventos, de R$ 0,75 para R$
0,78, resultado do reajuste da parte atípica. Continua mais um mês na nossa
carteira.