Para o mês de agosto efetuamos uma alteração na carteira
sugerida, trocando XPGA11 por BBFI11B. Com isso a composição passa a ser
predominantemente de fundos de tijolo. Muito se fala que os FII’s estão caros. A
maioria apenas recuperou seus preços, voltando ao patamar de 2013
(considerando-se a inflação). Para os fundos de tijolo, uma queda de vacância
poderia dar novo impulso às cotações, mas isso dificilmente ocorrerá no
curto-prazo. Mesmo assim, iniciou-se um movimento de “compra de vacância”, uma
aposta que só pode ser empregada por quem investe no longo-prazo. Existe também
a crença que a SELIC possa cair em breve, o que beneficiaria os fundos de
tijolo e papel, uma efeito um pouco controverso, pois alguns fundos já estão
precificando essa possibilidade. Ao
invés de especularmos, procuramos manter uma carteira baseada em discrepâncias
entre o que consideramos preço justo e o atual valor de mercado, uma estratégia que ao longo dos
últimos anos, desde que o blog passou a fazer indicações, mostrou-se vitoriosa.
BBFI11B: Houve uma mudança de patamar que afetou a maioria
dos fundos de tijolo. Poucos foram os fundos que mantiveram um DY elevado,
BBFI11B é um deles. Não existem motivos para que esse fundo não deslanche: os
inquilinos são bons, o DY é elevado e os imóveis estão bem localizados. Além
disso, possui uma pequena vacância que pode elevar o rendimento no futuro.
CPTS11B: grande decepção do mês de julho, exibe um DY acumulado
em 12 meses de 15,6%, muito superior aos de seus similares como VRTA (14,1%), FEXC
(12,6%), XPGA (12,3%), HGCR(11,5%) ou PLRI (13,1%). Tá errado o preço!
CTXT11: outro fundo com alto DY, com um risco um pouco
maior, em função da dependência do Itaú. Teve uma pequena valorização em julho,
mantendo-se ainda barato. A provável saída da CEAGESP, muito especulada nas últimas semanas, traria uma grande
valorização ao imóvel.
XPCM11: apesar da fabulosa alta em julho, esse fundo
continua com seu preço errado! Com a renovação do contrato pela Petrobras, os
riscos deste fundo caíram significativamente, não justificando o DY atual. Uma
comparação com fundos similares (mono-mono) indica que o preço justo deveria
ser entre R$ 88,00 e R$ 93,00. Por isso, continua na nossa carteira de
sugestões;