É preciso voltar muito no tempo para descobrir um período similar ao atual declínio nas cotações da Petrobras. É
verdade que a empresa continua investindo bilhões, que é de suma importância para a
economia brasileira, que seu papel seja estratégico, etc. Todavia, o mercado não é um ser patriótico. As cotações refletem a
capacidade de a empresa gerar lucros futuros. O intervencionismo estatal,
quando fundamentado numa ideologia hostil aos fundamentos da economia de
mercado, torna-se algo destrutivo. O
intervencionismo anticíclico do segundo governo Lula foi substituído pelo
intervencionismo ideológico de Dilma, baseado num tolo combate ao lucro.
A Petrobras sobreviverá, mas dificilmente retornará a sua trajetória de alta enquanto estiver sobre controle do governo vigente. Não se pode simplesmente atribuir o difícil momento ao PT, pois sob o governo Lula a Petrobras teve um bom desempenho. O problema é a atual presidenta e o grupo a ela ligado, que levaram para a administração federal a ideologia que Lula renegou quando assumiu a presidência. Por outro lado, uma mudança no poder poderia resultar numa rápida recuperação do ativo, o que justificaria mantê-lo na carteira, pensando no longo prazo.
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