A crise econômica que afeta o Brasil deve se aprofundar nos próximos meses. O cenário de recessão deve impactar o mercado de FII's, com aumento da vacância dos imóveis. A alta da SELIC poderá causar queda nas cotações. Esse cenário é negativo principalmente para os fundos de tijolo, especialmente aqueles com elevada taxa de ocupação. Isso explica porque alguns fundos, apesar de apresentarem um ótimo DY, tiveram queda nas cotações. Claro que há exageros, indicio de oportunidades. Por outro lado, o aumento da inflação beneficiará os fundos de papel. No mês de fevereiro já houve um processo de correção, com diversos fundos de papel subindo mais de 2%. A boa notícia é que ainda é possível garimpar alguns.
Para o mês de março, estamos retirando das indicações o VRTA11, por ter ficado pouco atraente depois da alta do último mês, e o AEFI11, retirado para permitir a volta do EDGA11B.
EDGA11B: este fundo está com alguns problemas. 1: Ocupação elevada hoje é visto como "problema". 2: "inadimplência" crônica. Trata-se de atrasos recorrentes nos pagamentos dos alugueis. 3: Obras que devem impactar os rendimentos. A esse respeito, trata-se de valores baixos, devendo reduzir em cerca de R$ 0,02 os proventos nos próximos meses. Mas estes problemas justificam uma queda de 8,5% em dois meses? Apesar da inadimplência, o DY continua elevado. Mesmo que perca algum inquilino, deve continuar com um desempenho superior aos FII's similares. O mercado está exagerando no desconto, por isso vemos como uma oportunidade.
XPCM11: este fundo está sendo vítima de um "terrorismo". Como o único inquilino é a Petrobras, já se inventou tudo a respeito, tentando justificar a crise da estatal como motivo para não se investir no fundo. A verdade é que a Petrobras já ocupou boa parte do imóvel e está pagando o aluguel em dia. Alega-se que a ocupação dos andares está atrasada, mais um atraso de algumas semanas é algo absolutamente normal. Dizer que a estatal vai ficar inadimplente é absurdo. Por causa de toda essa boataria, um dos fundos de menor risco do mercado está com um DY de 1% ao mês.
PLRI11: fundo de papel com pouca liquidez e algumas restrições. Ao contrário de outros fundos de papel, teve uma forte queda nas cotações nos últimos meses (-2% só em fevereiro). Reflexo do baixo DY. Mas isso deve mudar. Os proventos para o mês de março já foram anunciados, com uma alta de 35% no valor. Resultado: o DY disparou e chegou a 1,115% ao mês. Isso justifica sua indicação.
FEXC11B: Apesar da alta nas cotações em fevereiro, continua com um excelente DY. A elevação da inflação e da SELIC continuarão beneficiando este fundo. Continua na carteira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário