O mercado de FII deverá continuar pressionado. A inflação elevada, a alta das taxas de juros, a recessão econômica e a instabilidade política devem afetar, em especial, os fundos de tijolo. Os fundos de papel poderiam se beneficiar com a crise, mas o aumento dos riscos tendem a anular esses ganhos.
Apesar do cenário adverso, o momento é favorável a quem quer investir em FII. Diversos fundos estão pagando mais de 1% de proventos ao mês e muitos fundos estão com cotações abaixo do preço da emissão. Para quem quer garantir a aposentadoria, a hora é agora.
Como o blog busca apenas uma rentabilidade superior no mês, a escolha será baseada no curto prazo, com aplicações de maior risco (essa não é uma carteira de longo prazo):
EDGA11B: apesar do péssimo desempenho no mês passado, mantemos a indicação. Mesmo com inadimplência, vacância e gastos com reformas, o fundo ainda rende 0,93% ao mês.
MXRF11: fundo polêmico e de alto risco, misto de fundo de papel com fundo de fundos. Vem de uma longa queda, motivada por diversos problemas enfrentados no passado. Agora, parece que está no preço justo. O recente aumento nos proventos pode não se manter. Mas é impossível se ignorar um fundo que paga 1,13% ao mês.
FEXC11B: Inflação alta, SELIC elevada, o que é ruim para fundos de tijolo é ótimo para o FEXC. Pagando 1,2%, continua sendo o campeão em DY.
SPTW11: fundo de altíssimo risco. Seu regulamento é confuso, seus imóveis são feios e seu locatário tem um péssimo histórico (Atento). Para piorar, existe a renovação do contrato de um dos dois imóveis para esse ano. Porém, esses riscos são compensados pelos DY estratosférico de 1,16%. Além disso, o valor dos aluguéis é baixo, um dos imóveis está numa região que há incentivo municipal para a atividade da locatária e sua estrutura que sofreu adequações difíceis de serem replicadas. Se o contrato for renovado, as cotações tendem a ser recuperar. É verdade que existem outros fundos com belos imóveis AAA, mas praticamente vazios. Os imóveis do SPTW não são bonitos, mas não possuem vacância ou inadimplência.
2 comentários:
Você monta e desmonta posição nos FIIs todos meses?
Se sim, vale a pena por conta do IR num possível ganho de capital?
Grato
Giro a carteira, mas numa pequena proporção, principalmente em função de situações que surgem (Ex: a vacância em PRSV, a frustração com EURO, etc). Com isso troco micos pelos ativos que indico, juntamente com capital novo que entra e ganhos com proventos. Essa "reciclagem" não passa de 15% da carteira, e pode ficar próxima a zero em momentos como o atual, onde a maioria dos ativos estão desvalorizados.
Pagar IR é um sinal de sucesso na operação, em algum momento terá que ser pago. A minha experiência é de que não existem FIIs eternamente ótimos, os melhores FIIs de 2010 hoje são micos, melhor sair quando se está ganhando do que quando virou um mico e o lucro desapareceu.
Mas as indicações não são para estimular o giro, mas apenas uma forma de mostrar que uma boa seleção pode trazer resultados acima da média.
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