“A longo prazo estaremos todos mortos.”
J. M. Keynes
Não se trata apenas de nós, como pessoas de carne e osso. As
empresas também estarão mortas. Prédios serão demolidos, shoppings fechados,
conglomerados dissolvidos, negócios desfeitos, firmas quebradas.
Por isso, devemos ter cuidado ao analisar o longo prazo.
Alguns acham que a especulação reina apenas no curto prazo e que o longo prazo
é uma característica fundamental dos bons investimentos. Mas, quando vamos para
o longuíssimo prazo, quando o horizonte não são anos, mas décadas, também
estamos sendo especuladores: os fundamentos se tonam frágeis e as decisões passam
a ser suportadas pela fé. A fé, a crença que depois de décadas os fundamentos
iniciais ainda terão validade. Nesse aspecto, torna-se pior que o investidor de
curto prazo, que pelo menos é desprovido de fé e sabe que está num jogo.
Existem empresas centenárias, que ainda fazem sucesso, mas
são exceções. Por isso, o discurso do Buy & Forget (compre e esqueça),
assim como os que fazem projeções a perder de vista, devem ser visto com enorme
desconfiança. Tudo no mundo é temporário, até o universo um dia deixará de
existir. A única certeza que existe é a
de que um dia estaremos todos mortos.
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