quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Indicações para o mês de setembro

O rali do IFIX está perdendo força, principalmente pela situação de diversos fundos de tijolos. Alguns estão com vacância anunciada, outros tiveram revisional negativo. Os casos NSLU e SPTW deverão influenciar negativamente os fundos de tijolo. Houve um aumento da incerteza jurídica e a sensação que gestores estão desesperados por manter seus inquilinos. Os fundos de papel também passam por um momento delicado, com dúvidas se CRI’s serão honrados por construtoras. É um cenário que torna difícil qualquer análise, pois, além de uma crise econômica que não se dissipou, existe quebra de contratos, chantagens e manipulações que deixam a sensação que o risco cresceu e ainda não foi precificado. E existe a possibilidade de taxação dos FIIs. Diante das incertezas e dos riscos, optamos por substituir CTXT por JSRE. Apesar de ser bem administrado pela Rio Bravo, a dependência com o Itaú assusta. CTXT pode ser a bola da vez.

BBFI11B: é um fundo de tijolo sem maiores riscos, se isso existe, ainda com bom DY;

CPTS11B: nesse momento, o mais seguro é um bom fundo de papel;

JSRE11: famoso mistão, tem de tudo um pouco, difícil de classificar. Um fundo conservador que ainda entrega um bom DY. Vem de uma alta acentuada em agosto (+6,61%), o que pode prejudicar o desempenho neste mês de setembro. Não espere que ele dê altas expressivas;

XPCM11: pelo que se viu no mês de agosto, pode-se concluir que o resultado da negociação feita pela gestora com a Petrobras foi excelente. Continua sendo indicado.

Resultados das indicações de agosto

As indicações do blog renderam um pouco acima do IFIX: o blog conseguiu 2,09% contra uma alta de 1,79% do IFIX. O desempenho do blog foi afetado pelo resultado pífio de CTXT11:

BBFI11B: sem surpresas, fundo que estava com o preço abaixo do justo, teve uma recuperação nas duas últimas semanas. Rendeu um ganho de 3,14% no mês;

CPTS11B: também abaixo do preço justo, teve uma alta de 3,76% no mês;

CTXT11: vítima do efeito NSLU e SPTW, com boa parte do imóvel alugado ao Itaú, gerou desconfiança entre os investidores, o que resultou numa queda de -2,58%.

XPCM11: em pleno processo de recuperação, rendeu 4,03% no mês.