sábado, 20 de abril de 2019

Cielo e as formas correta e erradas de se analisar um ativo

Aqui está um vídeo que serve de exemplo de como se analisar uma ação. Existem diversas metodologias de análises, desde gráficos a fluxo de caixa descontado, passando pelas forças de Porter, análise de SWOT, desenho de cenários, etc. Todas essas metodologias possuem um ponto em comum: elas tentam projetar o futuro da empresa. Pode-se até observar o passado do ativo, mas o que interessa é o futuro. E é isso que esse vídeo mostra.



Em como não se analisar um ativo? Aqui, seis maneiras equivocadas, muito difundidas atualmente em sites e canais:

1 - Análise de retrovisor: Não adianta 241 anos de lucro, de múltiplos fabulosos, o que interessa é o futuro;

2 - Analise de Avestruz: muito do futuro de uma empresa é dita pelos seus administradores e pelos administradoras de suas concorrentes. Então, ler as notícias relevantes é fundamental. Não adianta fazer análise de balanço (passado) apenas uma vez por ano e depois enfiar a cabeça num buraco achando que nada de importante vai acontecer nos próximos 12 meses. Vivemos numa sociedade dinâmica. É verdade que existe um excesso de informações e cabe ao investidor filtrar o que é relevante. Mas, se o investidor é não possui tal capacidade, não será fingindo que nada está acontecendo que se vai resolver. Quem não tem essa capacidade que procure um profissional, um consultor ou analista de mercado, mas não se comporte como um avestruz;

3 - Fantasia de sócio: o fato de ter ações de uma empresa não significa que tem o mesmo poder dos sócios controlados. Estes podem ver a empresa como um negócio secundário, passível de ser sacrificado para o bem do negócio principal, no qual o investidor não tem ações. Basta ver o que aconteceu recentemente com a Smiles. Não pense que tendo 0,0001% da empresa já pode se achar o todo poderoso;

4 - Análise do apaixonado: paixão está associado a irracionalidade. É incrível como a paixão pode cegar uma pessoa. Ela passa a ignorar tudo e reage com irritação a quem lhe tenta mostrar a realidade. O investidor que cria paixão por uma empresa não aceita visões críticas e se apega a diversas desculpas para negar a realidade: que é investimento de longo prazo, que é holder, que o ativo representa pouco na sua carteira;

5 - Análise do esperto: a ação já caiu 30%. Não dá para cair mais, é a hora de quem foi paciente comprar. Mas a derrocada continua e a queda chega a 50%. Agora quem realmente for realmente esperto vai comprar e se vangloriar. Agora não tem erro. O investidor acredita que é mais esperto que todo o mercado, mas a ação continua caindo. O mercado adora punir os espertos;

6 - Análise do arrogante: Fluxo de Caixa é besteira, valor justo não existe, preço não importa, gráficos é para otários, vender é para os fracos, realizar lucro é burrice, ler notícias é perca de tempo, trimestral não muda nada, estudar pra quê?

Por fim, há os que acreditam que basta usar o Super System Indicator que vai dizer o que comprar (mas não diz quando vender), o sistema infalível (para o dono, que recebe uma grana dos investidos que acreditam na bola de cristal cibernética)