terça-feira, 26 de agosto de 2014

Copel: um belo fundo triplo

E uma bela projeção de alta. Gráfico semanal de CPLE6. Possui linha de resistência (agora suporte) em R$ 35,00.



Ibovespa: dedo no gatilho

O Ibovespa não fez um candle bonito nesta terça-feira. Pode realizar. Além disso, o IFR indica que está entrando na zona de sobre-compra. Ainda há espaço para subir, os objetivos desta alta ainda não foram alcançados, mas é bom ficar esperto. O céu ainda é azul, mas podemos ter fortes turbulências.




Investimento de Longo Prazo

“A longo prazo estaremos todos mortos.”
J. M. Keynes

Não se trata apenas de nós, como pessoas de carne e osso. As empresas também estarão mortas. Prédios serão demolidos, shoppings fechados, conglomerados dissolvidos, negócios desfeitos, firmas quebradas.

Por isso, devemos ter cuidado ao analisar o longo prazo. Alguns acham que a especulação reina apenas no curto prazo e que o longo prazo é uma característica fundamental dos bons investimentos. Mas, quando vamos para o longuíssimo prazo, quando o horizonte não são anos, mas décadas, também estamos sendo especuladores: os fundamentos se tonam frágeis e as decisões passam a ser suportadas pela fé. A fé, a crença que depois de décadas os fundamentos iniciais ainda terão validade. Nesse aspecto, torna-se pior que o investidor de curto prazo, que pelo menos é desprovido de fé e sabe que está num jogo.


Existem empresas centenárias, que ainda fazem sucesso, mas são exceções. Por isso, o discurso do Buy & Forget (compre e esqueça), assim como os que fazem projeções a perder de vista, devem ser visto com enorme desconfiança. Tudo no mundo é temporário, até o universo um dia deixará de existir.  A única certeza que existe é a de que um dia estaremos todos mortos.

sábado, 23 de agosto de 2014

EDGA11B com DY acima de 1%

Indicação do blog, pagando mais de 1% ao mês. Teve pagamento de atrasados, mas, mesmo descontando esses valores, o DY fica muito acima da média. Vai continuar sendo indicação do blog.

22/08/2014 18:08 FII GALERIA (EDGA-MB) - DISTRIBUICAO DE RENDIMENTO

FII GALERIA (EDGA-MB) 
 
DISTRIBUICAO DE RENDIMENTO 
 
A BTG Pactual Servicos Financeiros S.A. DTVM, na qualidade de administradora do Fundo de Investimento Imobiliario Edificio Galeria - FII informou que em 29/08/2014 dara inicio ao pagamento do rendimento, referente ao mes de Julho/2014, no valor de R$ 0,822044960 por cota, com base na posicao de cotistas de 22/08/2014.
 
A Administradora declara que o Fundo de Investimento Imobiliario podera se enquadrar conforme o disposto no inciso III do Art. 30 da Lei 11.033/2004, alterada pelo artigo 125 da Lei 11.196/2005. Para tanto, devera ser observado o disposto nos incisos I e II do Paragrafo Unico do Art. 30 da referida Lei.
 
Norma: a partir de 25/08/2014 cotas ex-rendimento.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Souza Cruz semanal

Empresa fadada a desaparecer... certo? Bem, enquanto o destino não chega, continua sendo destaque entre as pagadoras de dividendos. Teve um desempenho excepcional na última década. Agora, anda faltando fôlego. Neste ano andou testando seus suportes, no curto prazo se recupera de uma queda abrupta.Talvez ainda não seja o início da decadência. Se mantiver as cotações acima dos R$ 20,00 poderá adiar seu destino. Se perder o suporte, é fumo.


quarta-feira, 20 de agosto de 2014

HGBS11: com as barbas de molho

Um dos motivos de não gostar de FII de shopping. Além do HGBS11, outros fundos da administradora serão afetados, mas com menor impacto.

FATO RELEVANTE

CSHG Brasil Shopping - Fundo de Investimento Imobiliário – FII
CNPJ/MF n° 08.431.747/0001-06 Código Cadastro CVM: 107-4
CREDIT SUISSE HEDGING-GRIFFO CORRETORA DE VALORES S.A., sociedade por ações, com sede na Rua Leopoldo Couto de Magalhães Jr., n° 700, 11º andar, Itaim Bibi, CEP: 04542-000, São Paulo, Estado de São Paulo, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 61.809.182/0001-30, na qualidade de Instituição Administradora (“Administradora”) do CSHG BRASIL SHOPPING - FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO – FII, inscrito no CNPJ/MF sob o nº 08.431.747/0001-06 (“Fundo”), vem, por meio deste, nos termos das Instruções CVM n° 472/08 e 358/02, divulgar o presente comunicado. Em dezembro de 2013 e abril de 2014, foram divulgados Fatos Relevantes para reportar a existência de execuções judiciais que poderiam resultar na penhora dos bens e créditos que constituem garantia dos Certificados de Recebíveis Imobiliários – CRI adquiridos pelo Fundo(1) emitidos pela GaiaSec – Gaia Securitizadora S.A (“Securitizadora”) com lastro no financiamento da expansão do Shopping Goiabeiras (“Shopping”)(2).

O presente comunicado é realizado para reportar decisão de primeira instância proferida em um dos referidos processos(3), no dia 18 de agosto de 2014, declarando (i) a fraude à execução cometida pela antiga proprietária de imóveis que compõem parte do Shopping, (ii) a ineficácia das vendas de tais imóveis para a Goiabeiras, atual proprietária do Shopping e devedora dos CRI, com respectiva penhora desses imóveis, e determinando (iii) que os aluguéis referentes aos mencionados imóveis sejam penhorados e depositados em conta judicial.

Esses imóveis representam parte do Shopping que, assim como os aluguéis das lojas correspondentes, estão alienados fiduciariamente à Securitizadora, para garantia dos CRI. Portanto, a referida decisão judicial pode vir a impactar a garantia e/ou o fluxo de pagamentos dos CRI.

A Securitizadora, em conjunto com a Administradora, tomarão todas as medidas cabíveis contra tal decisão, visando a proteção dos interesses dos detentores dos CRI e dos cotistas em relação ao disposto no presente Fato Relevante, em especial, quanto às garantias dos CRI representadas pela alienação fiduciária dos imóveis e dos aluguéis.

1 Este CRI corresponde a 11,36% do Patrimônio Liquido do CSHG Brasil Shopping FII na data de 18/08/2014.

2 Conforme divulgado nos Fatos Relevantes mencionados, existiam três pendências judiciais que poderiam ameaçar de alguma forma o fluxo e as garantias dos referidos CRI, adquiridos pelo Fundo. Dois dos processos judiciais, após terem sido proferidas decisões protegendo as garantias e bens da Goiabeiras vinculados aos CRI, foram objeto de acordo pela devedora Jaú. Quanto ao processo ainda em discussão, trata-se de execução por parte do Fundo de Investimento em Direitos Creditorios Não Padronizados NPLI
contra a Jau S.A. - Construtora e Incorporadora, antecessora da Goiabeiras, devedora dos CRI e atual proprietária do Shopping Goiabeiras.

3 Processo de Execução de Título Extrajudicial nº 0176460-46.1994.8.26.0002, em trâmite perante a 4ª Vara Cível do Foro Regional de Santo Amaro, da Comarca de São Paulo, distribuído em 01/07/1994.

20/08/2014 08:40 GAIA SECURIT (GAIA-MB) - Fato Relevante Risco de perda de garantias de CRI

GAIA SECURIT (GAIA-MB) 
 
Fato Relevante   Risco de perda de garantias de CRI 
 
A empresa enviou o seguinte fato relevante:
 
GAIA SECURITIZADORA S.A., sociedade por acoes, com sede na Rua do Rocio, n. 288, 1o andar, Vila Olimpia, CEP: 04552-000, Sao Paulo, Estado de Sao Paulo, inscrita no CNPJ/MF sob o n. 07.587.384/0001-30 ( Securitizadora ), na qualidade de emissora da 22a, 33a, 42a e 55a Series da 4a Emissao de Certificados de Recebiveis Imobiliarios   CRI, vem, por meio deste, em cumprimento ao disposto na Instrucao CVM n. 358/02 e em complemento ao Fato Relevante divulgado em dezembro de 2013, divulgar o presente comunicado. 
 
Em dezembro de 2013 foi publicado Fato Relevante para reportar a existencia de execucoes judiciais que poderiam resultar na penhora dos bens e creditos que constituem garantia dos CRI em referencia, emitidos com lastro no financiamento da expansao do Shopping Goiabeiras ( Shopping ). 
 
O presente comunicado e realizado para reportar decisao de primeira instancia proferida em um dos referidos processos (1), no dia 18 de agosto de 2014, declarando (i) a fraude a execucao cometida pela antiga proprietaria de imoveis que compoem parte do Shopping, (ii) a ineficacia das vendas de tais imoveis para a Goiabeiras, atual proprietaria do Shopping e devedora dos CRI, com respectiva penhora desses imoveis, e determinando (iii) que os alugueis referentes aos mencionados imoveis sejam penhorados e depositados em conta judicial. Esses imoveis representam parte do Shopping que, assim como os alugueis das lojas correspondentes, estao alienados fiduciariamente a Securitizadora, para garantia dos CRI. Portanto, a referida decisao judicial pode vir a impactar a garantia e/ou o fluxo de pagamentos dos CRI.
 
A Securitizadora tomara todas as medidas cabiveis contra tal decisao, visando a protecao dos interesses dos detentores dos CRI em relacao ao disposto no presente Fato Relevante, em especial, quanto as garantias dos CRI representadas pela alienacao fiduciaria dos imoveis e dos alugueis. 
 
Sao Paulo, 19 de agosto de 2014
 
(1) Processo de Execucao de Titulo Extrajudicial n. 0176460-46.1994.8.26.0002, em tramite perante a 4a Vara Civel do Foro Regional de Santo Amaro, da Comarca de Sao Paulo, distribuido em 01/07/1994.

Ibovespa: sob o domínio dos pivots

Em nossa última análise projetamos o Ibovespa em 60.500 pontos. Desde então, o índice fez mais um pivot de alta, o quarto neste ano, mantendo um consistente canal de alta. O gráfico do IFR mostra também uma tendência de alta para curto, médio e longo prazo. Observar que, como nas vezes anteriores, ao chegar nos 70 pontos do IFR poderemos ter uma nova realização de curto prazo, mas a projeção deste movimento continua nos 60.500 pontos.


domingo, 17 de agosto de 2014

Cosan semanal

Na categoria "empresas que não animam". Depois de uma recuperação sensacional, entre 2009 a 2013, o ativo entrou numa fase de queda, com pivots sucessivos de baixa. Com cotações abaixo da LTB, não existe sinal de mudança de tendência.


CSN: fim de festa

Objetivo do pivot alcançado, topo duplo, é fim de festa para a CSN.


sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Banco do Brasil: formando um pivot de alta no LP

BBAS3 ainda não convenceu no curto prazo, apesar da forte alta no último pregão. No médio prazo tenta sair de uma acumulação. No longo prazo existe a formação de um pivot de alta que poderia elevar as cotações para próximo dos R$ 40,00. Gráfico semanal.


terça-feira, 12 de agosto de 2014

Alpargatas sobe 7,6% depois de indicação

O blog não é de indicações, mas de AT, que ainda funciona. Prova foi ALPA4, indicada na sexta-feira e que hoje fechou com alta acumulada de 7,6% em dois dias.

http://soroban.blogspot.com.br/2014/08/alpargatas-semestral.html


MXRF11: amor e ódio

Queda nas cotações, retenção de proventos, mudança de regras, discussões acaloradas sobre os fundamentos. MXRF11 é o mais polêmico fundo imobiliário. Mesmo com resultados ruins e um histórico conturbado, não faltam defensores apaixonados desde fundo.

O Maxi Renda Fundo de Investimento Imobiliário surgiu em 2012 como um fundo de CRIs. Seu valor de emissão foi de R$100,00, com 0,46% de taxa de administração e 30% de taxa de performance.  Os problemas começaram quando o fundo falhou na aquisição dos CRIs. Sem taxas atraentes, o fundo optou por adquirir cotas de outros fundos, tornando-se um fundo misto. Está característica foi reforçada pelo fato do fundo se tornar sócio numa SPE para a construção de um imóvel em Goiânia, o que demanda aportes regulares sem gerar renda no curto prazo (similar a um fundo de desenvolvimento). Além disso, o fundo possui outros ativos que não geram renda mensal.

 Apesar do perfil da carteira, nos primeiros meses de existência, o fundo ofereceu rendimentos surpreendentemente elevados, em torno de R$ 1,50, colocando o fundo no topo de diversos rankings e a elevando de suas cotações no mercado. O que permitiu essa festa inicial também vai explicar os problemas que o fundo teve posteriormente. A origem está no regulamento, que considera como receitas a serem distribuídas o “que resultem em aumento do patrimônio líquido”. Portanto, caso as receitas elevem o patrimônio, o fundo dará gordos proventos, caso contrário, simplesmente não distribuirá.  Mas como se calcula o PL?

Existe diversas forma de se calcular o PL de um fundo, a mais tradicional e recomendada é a marcação a mercado. Nessa fórmula, os valores dos ativos são definidos pelo seu valor de mercado. Se o ativo não tiver liquidez, utiliza-se uma fórmula complexa, geralmente baseada na evolução dos juros. O MXRF11 adotava essa metodologia, que é a correta. Todavia, ela possui alguns inconvenientes. Vejamos como:

1° ato - o fundo (vamos chamar de X) é lançado, com apenas 10 cotas por um valor por cota de R$ 100,00, totalizando R$ 1.000,00. Todo o valor arredado com a emissão é utilizado para comprar cotas de outro fundo (vamos chamar de A), negociado no mercado pelo valor de R$ 200,00, num total de 5 cotas. Então, temos um fundo com Patrimônio Líquido de R$ 1.000,00 e Valor Patrimonial por cota de R$ 100,00. O fundo A paga mensalmente R$ 1,50. O fundo X, em função de sua política de distribuição, pagará a seus cotistas R$ 1,58 (95% de 5*1,5/10).

2° ato – o mercado passa por um momento de euforia e o fundo A passa a ser negociado na bolsa por R$ 210,00, consequentemente o nosso fundo X passa a ter um PL de R$ 1050,00 e um VP de R$ 105,00. Tudo está maravilhoso e as cotações do fundo X passam a ser negociadas por R$ 110,00.

3° ato – a euforia passa e as cotações do fundo A despencam, passando a valer R$ 160,00. Ele continua pagando R$ 1,50 de proventos, mas o nosso fundo X agora possui um PL de R$ 850,00 e um VP de R$ 85,00. O fundo possui uma regra que obriga a manter o PL e considera que o lucro só ocorre quando há aumento do PL. na prática a regra o fundo a recuperar seu PL e eliminar o prejuízo através da retenção dos proventos. Portanto, mesmo recebendo R$ 10,00 de proventos do fundo A, não haverá distribuição de proventos.

4° ato – após um período sem distribuição de proventos, as cotações do fundo X começam a despencar, passando de R$ 110,00 para R$ 90,00. Meses de retenção de proventos permitiram uma elevação do VP para R$ 90,00, mas ainda acumula prejuízos e mantém a retenção. Logo aparece analistas recomendando a compra do fundo, com a justificativa que seu valor de mercado é igual o valor patrimonial e que a administração está cuidado para que não ocorra perca patrimônio. Afinal, não queremos perder patrimônio. Mais, ao não distribuir os proventos, agiria como uma empresa que reinveste os lucros, algo positivo, visto que desobriga o investidor de ter de fazê-lo, pagando corretagem. É um mundo perfeito.

Qual seria o próximo ato? Com a marcação a mercado o fundo está com um PL de R$ 900,00. Existe a possibilidade do valor das cotas do fundo A voltarem a subir e o nosso fundo recuperar os R$ 1050,00. O dinheiro não sumiu, os rendimentos do fundo A continuam a engordar nosso fundo. Mas, e se o fundo A de fato nunca devesse valer R$ 210,00? E se o seu valor patrimonial por cota fosse apenas R$ 165,00 na época da compra? Agora termos a verdade: a retenção não é uma forma de preservar o patrimônio, mas cobrir os prejuízos de uma operação equivocada. Dificilmente o fundo A voltará a valer R$ 210,00, principalmente se ele tiver ativos que estejam amortizando. Para quem comprou a R$ 100,00 é prejuízo, para quem compra a R$ 90,00 é assumir um risco, visto que a administração não possui um bom histórico.

5° ato – nem todos os cotistas estão satisfeitos. Sem proventos, com prejuízo, as reclamações só aumentam. A imagem da administradora é abalada, publicações descrevem o fundo como mico, algo precisa ser feito. O que? Simples, muda a metodologia de cálculo do VP e do PL. Como? Bem, a marcação a mercado é a mais recomendada, em alguns tipos de fundo é exigida pelos órgãos reguladores. Mas um FII pode determinar outras formas de se calcular. Como ficaria?

Pelo valor de mercado dos ativos: PL: R$ 800,00; VPC: R$ 80,00;
Pelo valor de compra dos ativos: PL: R$ 1.000,00; VPC: R$ 100,00;
Pelo VP dos ativos: PL: R$ 825,00; VPC R$ 82,50.

Como se pode ver, se o PL fosse contabilizado pelo valor de compra, os problemas do fundo estariam resolvidos, ou melhor, eles só surgiriam quando os ativos da carteira fossem vendidos e se tivesse que apurar o prejuízo. Bem, o fundo poderia vender uma cota por semestre e dessa forma tornar o prejuízo pouco perceptível para o cotista. E as retenções poderiam ser feitas de uma forma mais escalonada, reduzindo o impacto sobre as distribuições. No final, os cotistas teriam que pagar de qualquer forma o prejuízo, as seria de uma forma mais amena. E assim, num passe de mágica, nosso fundo voltou a ter um PL de R$ 1.000,00 e um VP por cota de R$ 100,00. Na verdade, com as retenções anteriores, passaria a valer R$ 105,00.

Ato final - agora surge a grande mentira. Nosso fundo X anuncia um VP de R$ 105,00 por cota, mas, como os proventos estão reduzidos, o mercado reage e negocia por R$ 85,00. Os 19% de desconto fazem com que o fundo lidere as indicações, especialmente por quem utiliza o critério VP como base. Não falta quem diga “Você está comprando por R$ 85,00 algo que vale R$ 105,00!!!”. Verdade? Será que nosso fundo consegue vender seus ativos por R$ 1050,00? E se vender e apurar prejuízo, reduzindo o valor patrimonial, o fundo deixará de fazer retenções de proventos? Será que o prejuízo causado pela compra inicial indevida desapareceu? Essa é a grande verdade: ao se abster de utilizar a metodologia da marcação a mercado, passa-se a se trabalhar com um PL e VP que induz ao erro, levando o investidor a acreditar que está comprando uma pechincha, quando, na realidade, esse valor desaparece quando realizada alguma negociação com os ativos da carteira.

Atualmente, muitos analistas optam por fazer indicações de FII a partir do Valor Patrimonial. Mas como virmos, VP pode induzir a erros, principalmente porque existem várias formas de se apurar esse valor. Ao contrário do que ocorre nos Fundos de Renda Fixa, onde é obrigatório o uso da marcação a mercado, não existe uma normatização sobre como os FIIs devem apurar o VP. Por isso, sem um conhecimento da metodologia, é arriscado dizer que o fundo está caro ou barato.

O MXRF11 é o melhor exemplo sobre os problemas causados pela metodologia de apuração de VP. A história que contamos serve para ilustrar os problemas que atingiram o MXRF11. Desde 2013 o fundo acumula problemas e polêmicas. O último provento anunciado foi de R$ 0,70, contra R$ 1,50 em 2012. A cotação hoje está em R$ 81,80, contra R$ 119,00 em agosto de 2012. O valor patrimonial tem se mantido nos R$ 105,00. Em agosto de 2013, quando pipocaram indicações para o MXRF11, o valor da cota era de R$ 84,00. Ou seja, quem aplicou naquele momento, levado pelas indicações, teve prejuízo. 

Aqui entra a parte mais interessante da história: parece evidente que o fundo cometeu equívocos no passado e quem investiu em 2013, acreditando que existia uma grande oportunidade, cometeu um erro. Mas é difícil admitir um erro. Geralmente a reação é contrária, com o investidor acreditando ainda mais no ativo.  Sai a racionalidade e entra o sentimento, a paixão. São mais de 12 meses de crença no tal desconto ilusório.

Ate´hoje o MXRF não resolveu seus problemas. É difícil dizer qual o seu verdadeiro valor patrimonial. Por isso, não se pode dizer que a R$ 82,00 esteja caro ou barato. Simplesmente faltam dados confiáveis para se chegar a uma conclusão. Em termos de DY ele é atraente, mas o seu risco elevou-se consideravelmente depois das últimas alterações nas regras. Uma eventual volta das retenções não está descartada,  algo que aconteceria caso o fundo exercesse prejuízo em seus ativos (e pode ser obrigado em função das regras). Quem comprar hoje provavelmente obterá lucros apreciáveis, talvez. Mas os cotistas mais antigos, que entraram no fundo pagando R$ 100,00 e tiveram que cobrir parte dos prejuízos de operações equivocadas, terão que esperar uma eternidade para recuperarem o capital investido.

Sem que a CVM imponha uma metodologia de cálculo para todos os fundos, continuaremos a ter dúvidas e o VP não poderá ser usado como parâmetro confiável de análise (ou ser usado para análises mirabolantes e indicações fajutas). As polêmicas persistirão e MXRF continuará a ser amado e odiado.

domingo, 10 de agosto de 2014

Cielo: ganhando fôlego

Sem novidades em relação a última análise. Mantém a LTA e a tendência de alta para o longo prazo, mas para o curto-prazo o ativo passa por um período de realização de lucros.


Marisa: pivot

Após um longo período de queda, Marisa formou, ao longo de 2014, um pivot de alta. Esse pivot vai se confirmar se superar as resistências.


Alpargatas semestral

As quedas dos últimos pregões fez Alpargatas alcançar seu suporte. No longo prazo vemos que a festa acabou e o ativo está num longo processo de acumulação. Mesmo assim, o fato de estar num importante suporte abre a oportunidade de compra. No diário há uma situação de sobre-venda, o que reforça o momento como uma oportunidade.




quinta-feira, 7 de agosto de 2014

FII: foco nos rendimentos

BRCR: R$ 1,01. Manteve os valores dos meses anteriores. O mistério do Prime não foi resolvido.

BCFF: R$ 0,495663395. Teve até retificação, para maior. Tenso! O primeiro valor anunciado, R$ 0,362, colocaria o fundo numa situação extremamente difícil, com um DY mensal de 0,52%. Vinte e cinco minutos depois foi anunciado uma retificação (curioso), elevando o valor dos proventos. Provavelmente foi utilizado recursos em caixa para cobrir o prejuízo. Será que essa média se manterá nos próximos meses, ou foi apenas para acalmar os cotistas nesse mês específico? O primeiro anúncio deixa uma pulga atrás da orelha. Seja como for, fica a pergunta: qual o sentido da existência de FoFs?

FFCI: R$ 0,0129. Praticamente repetiu o valor do mês de julho (R$ 0,0128). O DY continua baixo. Mais um que não anima. Para que a gestão ativa?

FEXC: esse serve como referência para os fundos de papel. R$ 0,315059838. Menos da metade do que pagou em julho (R$  0,752) e 1/3 do que foi pago em agosto de 2013 ( R$ 1,06). Vale a comparação com  os similares. XPGA vai pagar nesse mês R$ 0,70 e está cotado a R$ 99,97 (DY de 0,7% am), KNCR vai pagar R$ 0,92 e cotação a R$ 104,50 (DY de 0,88% am). FEXC foi mais um fundo do Pactual a ter um resultado muito fraco, a grande decepção da noite. Explicações? IGP-M e IPCA em queda e o fim da linearidade nos pagamentos.

MBRF: vai pagar R$ 10,39 (em julho foi R$ 9,78). "Surpresa" positiva da noite, mas quem vai se arriscar?




quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Resultados do BRCR11

Dia bastante complicado para o BC Fund (BRCR11), o maior FII do mercado brasileiro. Durante todo o pregão houve uma forte pressão vendedora, o que levantou desconfianças. Muito provavelmente, foi apenas um investidor institucional buscando fazer caixa. Mas, faltando poucos minutos para o anúncio do resultado do segundo trimestre, causou stress. Os números vieram após o fechamento do pregão e não chegam a animar. A reavaliação dos imóveis causou prejuízo, mas isso já estava descrito nos informes mensais, não foi novidade.

Está anunciado o retrofit do edifício Brazilian Financial Center, no valor de 10% do imóvel. A reforma deverá demorar 18 meses. O informe não diz como o fundo irá pagar e seu efeito sobe os rendimentos, se será pago com o caixa do fundo, retenção de parcela dos proventos ou outro meio.

O que não se viu em nenhum comunicado, e que agora confirmado, foi que o fundo teve que pagar Imposto de Renda relativo a operações feitas no passado com cotas de outros fundos. Valor total pago em 21 de julho: R$ 8,8 milhões, o que equivale a R$ 0,4577 por cota, sendo que em julho o provento pago por cota foi de R$ 1,01. O informe não diz como isso será tratado. Outros fundo adotaram como procedimento descontar por 6 meses o rendimento pago aos cotistas, o que daria no caso do BRCR R$ 0,0763, uma queda de 7,6% nos valores pagos, algo relativamente insignificante.

Todavia, existe um não mensurado efeito cascata: existem fundos de fundos detentores de cotas do BRCR que serão afetados. Também não está claro a situação do FII Prime Portfólio, onde está investido mais de 30% do patrimônio do BRCR. Se o Prime Portfólio também tiver que pagar IR, isso afetará o BRCR, mas, não existe um relatório informando sobre a situação deste fundo. Observando os relatórios da CVM podemos constatar desde 2010 o Prime movimenta cotas de outros FIIs, sendo que só em 2013 houve uma variação negativa de R$ 190 milhões. Como esse fundo não é listado na bolsa, teremos que esperar a publicação de seus relatórios obrigatórios, divulgados no site da CVM. Ou, o mais simples, saber amanhã quanto o BRCR vai pagar de proventos.

domingo, 3 de agosto de 2014

ALL semanal

Não falta investidor que justifica a compra de ações de uma empresa com base na sua importância estratégica, especialmente quando é do setor de logística. Mas, o que deveria importar é a capacidade da empresa gerar lucro no futuro. O investidor não deveria ser uma pessoa patriótica, pois tal atitude não lhe trará lucros.

ALL possui um dos mais incríveis pivots de baixa da bolsa. Está em acumulação, ensaiando uma recuperação. Mas nada de muito animador.


Petrobras semanal

Petrobras conseguiu superar os R$ 20,00 por um breve período, o suficiente para cobrir os gaps. Mantém uma tendência de acumulação no longo prazo.


4 FIIs para o mês de agosto

Muito difícil esse mês fazer indicações. Estou julho tínhamos indicações óbvias, fundos que o melhor ainda não tinha precificado corretamente ou que reduziu seu risco, merecendo uma revisão de preços. Para o mês de agosto a seleção foi consideravelmente mais difícil. Foram retirados da carteira de indicações EURO11 e PRSV11, pela alta que tiveram em julho, e FEXC11B, que deve continuar sofrendo por conta da queda no IGP-M. As indicações:

RNGO11: porque teve mais um aumento nos proventos, já previsto, deixando o DY bastante elevado. Segundo o relatório mensal, ainda pode ter um novo aumento no próximo mês. Pelo baixo risco e alto DY, continua sendo uma ótima escolha.
EDGA11B: o valor pago no último mês, R$0,71, pode ter sido contaminado por pagamento de atrasados. O mais provável é que os proventos fiquem  nos R$ 0,69. Escolha pelo baixo risco.
NSLU11B: as cotações caíram em julho, os proventos subiram e o fundo voltou a ficar atrativo. Grande oportunidade.
BPFF11: para diversificação. Foi pouco afetado pelo IR e o DY está alto. A carteira não é boa, o risco é elevado mas o DY compensa.

Não está nas indicações, mas merece uma menção: XPGA11. Abaixo de R$ 103,00 é uma grande oportunidade.

sábado, 2 de agosto de 2014

Ambev semanal

O gráfico diz tudo. Após um longo período de alta, o ativo passou para um período de acumulação que pode durar um longo tempo. Por enquanto é aproveitar a existência de fortes suportes e resistências em R$ 15,00 e R$ 18,00, pontos de compra e venda, respectivamente.


FII: XPGA11 não é mico

O mês de julho foi especialmente conturbado para os FIIs, com a CVM e a receita federal enquadrando os administradores.E no último dia, no apagar das luzes, os administradores do fundo XPGA11 anunciaram que estavam mudando a metodologia de apuração e distribuição do resultado. Segundo o comunicado, o fundo passaria a distribuir somente os rendimentos provenientes de juros e correção monetária que fossem efetivamente recebidos no semestre. Acontece que 5,87% do fundo está investido em ativos de periodicidade de pagamento semestral e 1,78% anual.

A mudança ocorre para atender uma decisão da CVM, que determinou que os fundos não podem mais aplicar uma política de busca de linearidade nas distribuições de proventos. A decisão da CVM objetiva dar maior transparência aos fundos, mas pode assustar os pequenos investidores que aplicam sem conhecer bem o produto. Mas é bom explicar que o fundo não vai pagar mais ou menos proventos por conta da decisão, apenas que haverá uma variação mais intensa no valor dos proventos, entre um mês e outro.

O azar do XPGA11 é que a aplicação da norma veio num mês que já se previa um repasse de proventos excepcionalmente baixo, em função da queda do IGP-M, indexador de mais da metade dos títulos da carteira do XPGA11. Sem poder compensar, o resultado é que nesse mês de agosto o fundo pagará apenas R$ 0,70 de proventos, contra R$ R$ 1,50 em junho. Como era de se esperar, as cotações cairão. Em dois dias o fundo registro uma queda acumulada de 8%.

Mas XPGA11 não é mico. A queda da cotações nesta semana é injustificada. A redução no valor dos proventos era espera e cíclica, basta observar o histórico do fundo. Os valores que poderiam ser pagos neste mês, para dar uma linearidade nas cotações, agora serão pagos até o final do semestre. Mas o mais importante é que não houve qualquer mudança nos fundamentos. Quem comprou hoje XPGA11 provavelmente vai receber 13% de rendimento ao ano, valor bem acima da média do mercado. Ou seja, temos uma oportunidade compra.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

FII: Indicações do blog renderam 5,7% em julho

As 4 indicações de FIIs para o mês de julho renderam 5,73%:

RNGO11: alta de 3,1%
EDGA11B: alta de 1,5%
EURO11: alta 10,3%
PRSV11: alta de 8,0%

No mesmo período o IFIX rendeu 1,6%. Apenas uma indicação nossa, EDGA11B, teve rendimento inferior ao IFIX.

Histórico do desempenho das indicações:

Maio: 4,54%
Julho: 1,3%
Julho: 5,73%
Rendimento acumulado: 12%