quinta-feira, 31 de julho de 2014

Ibovespa 30/07/2014

O Ibovespa testou um importante suporte nesta quarta-feira. Por enquanto, trata-se de uma correção, sem uma mudança significativa de tendência para o médio prazo.


domingo, 27 de julho de 2014

Grandes Micos do FII: FMOF11 (Memorial Office)

Do céu ao inferno. O tradicional Fundo Memorial Office teve o seu momento de glória em 2012, quando foi o fundo de maior valorização, com alta de 84%. A consultoria Uqbar elegeu o FMOF11 como o melhor fundo de 2012, destaque na edição da Revista Exame de 09/01/2013. Dizem que quem compra baseado em notícias sempre se dá mal. Quem leu a revista e resolveu investir se deu mal. Ao longo de 2013 a vacância voltou a assolar o Memorial Office e o fundo devolveu quase toda a alta do ano anterior. A vacância se aproximou em 2014 dos 40% e agora é de 20%. Mas os proventos distribuídos, esses não reagiram. Durante algum tempo, os proventos foram mantidos pelas multas recebidas dos antigos locatários e pela política de linearidade nas distribuições, dando falsas esperanças aos cotistas. Não durou muito tempo. Em julho de 2014 o fundo distribuiu R$ 0,80, contra R$ 1,25 em maio de 2013. Vale registrar que o fundo distribuiu neste mês R$ 406 mil de um total de R$ 572 mil arrecadados em locação.

Mesmo que a distribuição de proventos volte a se elevar nos próximos meses, esse continuará sendo um fundo de alto risco. O problema principal é o imóvel, mal localizado e que tende a ter uma vacância elevada. Ocasionalmente, essa vacância pode até se reduzir a 0%, mas o normal é ela se mantenha próxima dos 20%. Tal fato causa outro problema: os altos custos de manutenção dos conjuntos vagos, que acabam reduzindo o valor distribuído aos cotistas. Hoje valendo R$ 120,00 e com uma liquidez muito reduzida, podemos dizer que está num valor justo, já incorporando uma possível elevação nas receitas. Em julho o DY mensal foi de 0,67%, e o anual (acumulado) de 8,7%.




CSN: sem forças

Não adiantou o novo programa de recompra. CSN está sem forças para continuar o rali de alta. A nova recompra de ações serviu apenas para manter o ativo em acumulação.


Bradesco: mudança de tendência II

Mesmo não tendo engrenado uma baixa, Bradesco continua não animando, tendo fechado na sexta-feira abaixo da resistência.


Vale: caminhando para testar as resistências

Quem seguiu o blog (ver indicação de junho aqui ) ganhou 12%. Agora, Vale está com sobrecompra e testando a LTB, mas não perdeu a LTA. A indicação é de manutenção, só sair se perder a LTA.


Cielo

Ainda com espaço para subir, podendo superar os R$ 50,00. Mas antes, precisa ganhar folego. IFR muito elevado e volume reduzido. Tendência de alta de médio e longo prazo.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

FIIs: Desempenho das indicações do mês

Faltando alguns dias para fechar o mês (incluindo os proventos)

RNGO11: +1,31%
EDGA11B: +2,79%
EURO11: +8,03%
PRSV11: +5,34%

Média de valorização da carteira no mês: +4,38%

Desempenho em junho: 1,30%   (IFIX: 1,3%)
Desempenho em maio: 4,54%  (IFIX: 1,41%)

Acumulado no período: +10,54%
IFIX acumulado no período: +4%

Bradesco: mudança de tendência

Harami + forte resistência = mudança de tendência. Como muitos ativos, BBDC4 passou para uma tendência de baixa no curto prazo. O mercado está realizando, embolsando os lucros. No médio e longo prazo a tendência é de alta.


quarta-feira, 23 de julho de 2014

FoF: qual a estratégia?

A carteira do fundo MXRF possui cotas do BCFF e do BRCR. O BCFF é detentor de cotas de diversos outros fundos e o BRCR é detentor de cotas do FII Prime Portfólio que, por sua vez, possui cotas do CNES e do TBOF. Todos os fundos cobram taxa de administração, alguns taxa de performance e, agora, imposto de renda sobre o lucro de eventuais venda de cotas. Mas afinal, qual o sentido de um fundo de fundos adquirir cotas de outro fundo de fundos? Ou melhor, qual a estratégia que justifica a compra de um FoF?

Os fundos de fundos surgiram como uma alternativa para pequenos investidores interessados em ter uma carteira diversificada, mas sem recursos para tal. Seria algo semelhante a aplicar num fundo de investimento em ações. Se o gestor do fundo for hábil, poderia atrair investidores interessados em obter ganhos adicionais através da gestão ativa. O fundo poderia enxergar oportunidades, trocar fundos com rentabilidade baixa por outros mais rentáveis, obter ganhos de capital, conseguir resultados que um investidor isoladamente não obteria. Todavia, a realidade tem se mostrado bastante diferente.

O MXRF é um fundo de papel que acabou se transformando num fundo de fundos. Foi lançado em 2012, por R$ 100,00, pagando R$ 1,50 por mês de rendimento. Hoje é negociado a  R$ 87,00 e paga R$ 1,00 por cota. O BCFF teve um desempenho pior:  foi lançado 2009, em 2010 valia cerca de R$100,00 e distribuía cerca de R$ 0,90 por cota, na média. Hoje o BCFF vale apenas R$ 75,50 e distribui R$ 0,70 por cota. O BRCR não é um fundo de fundos, mas sua gestão ativa não foi capaz de elevar os proventos no mesmo ritmo da inflação ( o último reajuste foi de 5% contra uma inflação de 6%) e as cotações atuais são praticamente as mesmas de meados de 2011. Afinal, qual a vantagem que o investidor obteve com fundos de gestão ativa, especialmente os fundos de fundos (FoF)?

Apesar de todas as desvantagens, os FoFs ainda possuem uma legião de seguidores e são recomentados por muitos analistas.  Um dos principais argumentos usados por quem indica FoFs é o fato das cotas serem negociadas abaixo do valor patrimonial. É a sensação de estar comprando algo com um desconto de 20%, um bom argumento para quem vende. Mas valor patrimonial é uma péssima forma de se avaliar um fundo. É preciso conhecer a metodologia utilizada para apurar o VP, ter informações atualizadas sobre a composição da carteira e saber detalhadamente de que forma ela foi montada.

Quando um FoF adquire contas de outro FoF, o trabalho de análise se torna um desafio quase impossível de se realizar. É algo que contradiz com o desejo simplicidade. Talvez essa seja a estratégia dos administradores: transformar o FoF numa caixa-preta. E mesmo a avaliação histórica  de desempenho é trabalhosa, em virtude das sucessivas emissões e, mais recentemente, o fenômeno das fusões. Essa falta de transparência coloca por terra outra “qualidade” dos FoF: o baixo risco decorrente da diversificação dos investimentos. Vacância e inadimplência não são os únicos riscos do mercado de FIIs. É a falta de percepção de que existem outros riscos, talvez mais relevantes, que levam investidores incautos a preferir FoFs. A falta de transparência e a complexidade das carteiras elevam os riscos destes fundos. Risco legal e risco operacional são algumas modalidades que se mostram mais elevadas nesses fundos e que já causaram estragos.

Por tudo o que foi dito, aplicar em FoF não parece ser uma boa estratégia. Talvez o último argumento seja que alguns desses fundos perderam tanto valor que seja inevitável uma correção (alta), ou seja, que a compra se justifique como uma estratégia meramente especulativa. De fato, esse é o único argumento que sobra. Neste caso, a melhor forma de avaliar um fundo seja através da análise técnica (gráfica) do ativo, buscando suportes, LTAs e pivots.


Gráfico comparativo do BCFF (em preto) com MXRF, XPGA, CNES, FEXC e PQDP.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Fundo de fundos: nas garras da receita

Fundo de fundos sempre foi uma "furada", por diversos motivos: taxas elevadas e duplicadas, falta de transparência, regulamentos prejudiciais ao investidor, etc. Mas alguns gostam, na ilusão de que oferecem um proteção via diversificação. Só que agora, com a decisão da Receita Federal de tributar as eventuais vendas de ativos desses fundos, ficou ainda mais sem sentido investir em fundo de fundos. A primeira vítima foi o BCFF11

Solução de Consulta COSIT Nº 181 DE 25/06/2014
Publicado no DO em 4 jul 2014
ASSUNTO: Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ
EMENTA: FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO. ALIENAÇÃO DE QUOTAS DE OUTROS FUNDOS DE INVESTIMENTO IMOBILIÁRIO. INCIDÊNCIA NA FORMA DAS OPERAÇÕES DE RENDA VARIÁVEL. Os ganhos de capital e rendimentos auferidos na alienação, por fundos de investimento imobiliário, de quotas de outros fundos de investimento imobiliário, sujeitam-se à incidência do imposto de renda à alíquota de vinte por cento de acordo com as mesmas normas aplicáveis aos ganhos de capital ou ganhos líquidos auferidos em operações de renda variável.
DISPOSITIVOS LEGAIS: Lei n° 5.172, de 1966, CTN, art. 111, inciso II; LC n° 95, de 1998, art. 11, inciso III, alínea "c"; Lei n° 8.668, de 1993, arts. 10, parágrafo único, 16, 17 e 18; Lei n° 11.033, de 2004, art. 3°, incisos I, II, III, IV e V; IN RFB n° 1.022, de 2010, arts. 17, 29, § 1°, inciso I, alínea "b", e 45.
FERNANDO MOMBELLI
Coordenador-Geral


FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIARIO – FII BTG PACTUAL FUNDO DE FUNDOS

FATO RELEVANTE

A BTG PACTUAL SERVIÇOS FINANCEIROS S.A. DTVM, com sede na Cidade do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro, na Praia de Botafogo, nº 501 – 5º andar parte, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 59.281.253/0001-23 (“Administradora”), na qualidade de administradora do FUNDO DE INVESTIMENTO IMOBILIARIO – FII BTG PACTUAL FUNDO DE FUNDOS, inscrito no CNPJ/MF N.º 11.026.627/0001-38, código CVM nº 140-6 (“Fundo”), informa a seus cotistas e ao mercado o pagamento de R$ 3.562.397,25 (três milhões quinhentos e sessenta e dois mil trezentos e noventa e sete reais e vinte e cinco centavos) referente ao recolhimento do Imposto de Renda sobre o lucro auferido desde a primeira alienação das Cotas de Fundos de Investimento Imobiliário até 30 de Junho de 2014, o que equivale a 0.95% (zero vírgula noventa e cinco por cento) do patrimônio líquido do Fundo.

Conforme a Solução de Consulta Cosit nº 181 (em anexo), a Receita Federal manifestou o entendimento publicado neste mês de que os ganhos de capital auferidos na alienação de cotas de Fundos de Investimento Imobiliário por outros Fundos de Investimento Imobiliário, sujeitam-se à incidência do Imposto de Renda à alíquota de 20% (vinte por cento). Esta Administração está tomando todas as medidas cabíveis para tentar reverter esse posicionamento.

segunda-feira, 21 de julho de 2014

CSN perde força

Como alertado, perdeu força o rali da CSN. Pesou o IFR e a LTB. Todavia, o ativo não reverteu para uma tendência de baixa, mantendo-se testando a LTB. A principal resistência está nos R$ 12,00, valor que se for superado abriria novas perspectivas de altas. Vale lembrar que a reversão de tendência só não ocorreu porque a companhia abriu novo programa de recompra de ações.


Ibovespa supera bandeira

O Ibovespa saiu do harmônico e rompeu a bandeira de reversão. O índice passou a ter tendência de alta para o curto e médio prazo, com objetivo nos 60.500 pontos.


quinta-feira, 17 de julho de 2014

CSN: hora de realizar lucro?

As previsões da análise anterior se confirmaram (veja aqui ). O ativo respeitou o Fibonacci de 61,8% e reverteu a tendência de queda, atingindo nesta quarta-feira o limite definido pela LTB. O último candle ("estrela cadente" ou Shoonting Star) indica realização de lucro (venda).O IFR também indica sobre-compra e necessidade de realizar.





terça-feira, 15 de julho de 2014

Ibovespa: 3x 127%?

O Ibovespa engrenou uma quarta onda no harmônico, algo incomum nessa formação (na verdade, saiu da configuração de harmônico). Se repetir os movimentos anteriores, deve buscar os 56.500 pontos. Não é comum bater 3 vezes no 127% do Fibonacci, em sequência. Mas a resistência nos 57 mil pontos é muito forte e o índice pode entrar em sobrecompra, tornando mais provável que novamente realize nos 127%.



quinta-feira, 3 de julho de 2014

Ibovespa: The Three Drives Pattern

O Ibovespa ameaça formar um "The Three Drives Pattern", um movimento que antecipa uma queda de médio-longo prazo. Mas ainda é ameaça. Confirma se perder o suporte representado pelo canal.



terça-feira, 1 de julho de 2014

4 FIIs para o mês de julho

RNGO11: teve um desempenho relativamente fraco em junho (alta de 0,18% nas cotações, 1% considerando os proventos). Continua tendo um DY alto, superior aos FIIs similares e riscos relativamente baixos.

EDGA11B: também teve um desempenho fraco em junho (queda de -2,4% nas cotações, -1,6% considerandos os proventos). O surgimento de duas inadimplências prejudicou o fundo, mas o DY deve se elevar com o fim das carências. Numa previsão pessimista, renderia 0,88% ao mês contra uma média de 0,82% de fundos similares.

PRSV11: renovou um dos principais contratos. Num primeiro momento a vacância da ANAC deve derrubar os proventos, mas a tendência é de que esses imóveis sejam alugados por um valor superior ao contrato anterior.Nos preços atuais, os proventos podem atingir ao final 1% ao mês.

EURO11: não diga que deste prato não comerei. Este FII pode  ressurgir como Fenix. A administradora mudou e já conseguiu locar o principal imóvel do fundo. Os proventos vão demorar a reagir, até porque é preciso cobrir o buraco deixado pela Banif. Nos preços atuais pode render um DY de 0,87% ao mês.

No mês de junho nossas indicações renderam 1,3%, empatando com o IFIX:
RNGO11: 1% (mantido para julho);
EDGA11: -1,6% (mantido para julho);
XPGA11: +3,7% (retirado, pela elevação das cotações e queda do DY);
FEXC11B: +2,1% (retirado, pela elevação das cotações).