quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Guido e a bolsa

O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, num momento de turbulência dos mercados, aparece no noticiário dizendo que a tendência do dólar é de permanecer em alta, o que, supostamente, beneficiaria as empresas brasileiras. Depois da queda de 4,5% do Ibovespa, o ministro soltou mais uma, desta vez para minimizar a importância do ocorrido. Certamente o ministro não sabe que a bolsa é hoje um importante instrumento usado pelas empresas para captar recursos destinados a investimentos. O prejuízo vai além, pois a queda das ações também reduz o valor de mercado das empresas, dificultando outras modalidades de captação de recursos.

4 comentários:

bruno disse...

A bolsa só serve para captar recursos para as empresas em ofertas primárias. Ou seja, o impacto desta queda é somente na captação que utiliza a bolsa como medida do valor da empresa. Enquanto que a maioria das formas de captação levam em consideração os ganhos esperados com a aplicação a qual se destina o emprestimo concedido, o valor da empresa é apenas uma segurança a mais. A alta do dolar contribui bastante para as empresas brasileiras, por aumentar as exportações e reduzir a competitividade dos produtos importados.

Abraço
PS: esta é apenas uma visão, é claro que há diversas outras.

Paulo Vieira disse...

Nos últimos anos, muitas empresas usaram ofertas primárias e mistas para captar recursos. Por outro lado, o valor de mercado também pode ser considerado em outras formas de captação, como, por exemplo, para mensurar o valor do capital intangível.

Vinícius Barcelos disse...

As ofertas primárias não são a única forma de captação em bolsa. As empresas de capital aberto podem fazer aumento de capital subscrevendo novas ações, dando bônus de subscrição aos atuais acionistas que ao exercerem esse direito mantêm sua participação na empresa.

Anônimo disse...

E alguém no governo do molusco diz algo que preste?