domingo, 4 de maio de 2014

IRPFBolsa e outros softwares de controle de investimentos

Quem mexe com ações sabe que uma das maiores dores de cabeça dos investidores é o cálculo do imposto de renda. Quando se é um investidor de longo prazo, com poucas ações, o problema não chega a ser grande. Mas, com o passar do tempo, o aumento no número de ações, as eventuais operações de giro, bonificações, grupamentos/desdobramentos e outros, torna-se quase impossível controlar tudo usando simples tabelas de Excel. Calcular Imposto de Renda de ações exige conhecer o preço médio e apurar ganhos e prejuízos acumulados, o que implica em ter que registrar operações desde o primeiro dia que se entrou na bolsa. A solução é utilizar um software que permita fazer todos esses controles.

Não existem muitos softwares disponíveis para o investidor pessoa física no mercado. Algumas soluções existentes no mercado são baseadas na web e com os dados armazenados em algum servidor externo. A ideia de que alguém, além da corretora e órgãos oficiais, possa ter acesso a todas as minhas operações não é nada agradável. Outras soluções armazenam os dados localmente, mas o preço é proibitivo. Existem corretoras que oferecem esse serviço, mas aí você fica preso a corretora.

Uma opção é utilizar um software que armazene os dados localmente e só use a internet para validar a licença e obter algumas atualizações necessários (código de corretoras, ativos, regras de calculo, etc). O software IRPFBolsa parecia ser uma boa solução. Afinal, seu foco era o cálculo do IRPF sem outros adicionais inúteis (não quero um controle de contas a pagar ou contas bancárias). Apesar de uma certa instabilidade, parecia ser um software bem desenvolvido, superior à concorrência e com um preço muito atrativo (R$ 89,00 por dois anos, sem limite de lançamentos). Sem dúvida, a melhor relação custo/benefício. Mas, como todos os softwares disponíveis, havia um risco: e se o site saísse do ar? Pois foi exatamente isso o que aconteceu, faltando poucos dias para o início da declaração do IR de 2013. Resultado, anos de lançamentos perdidos, sem a possibilidade de se apurar o imposto. O jeito, na época, foi recuperar as tabelas de Excel e fazer o que fosse possível. Depois que o prazo da declaração expirou, o site voltou ao ar. Vendo o site do ReclamaAqui pode-se notar que problemas similares continuam ocorrendo até hoje.

Bem, continuar com o Excel não é a melhor opção, principalmente pela dificuldade de consolidar as planilhas. Uma solução, para quem entendem de programação, é utilizar o Access. Dá trabalho, mas evita ficar na dependência de uma empresa e perder tudo caso essa deixe de existir ou seu site saia do ar.


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